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terça-feira, 9 de junho de 2015


 Sabes do que tenho mais medo. Sabes quem sou e para onde quero ir. Sabes que sonho muito e que me aborreço com a tua ausência. Encaro os dias devagar, um de cada vez na esperança parva de acordar melhor que o dia anterior. Na maioria das vezes isso acontece mas a mudança é pequena e frágil. Frágil como nós. Pequena como queremos que pareça aquilo que vemos. 
 Sabes o que me faz sorrir. Sabes como me animar e trazer um novo brilho ao meu olhar. Esperas que o tempo nunca acabe para quem não consegue dizer muito ao contrário de tudo o que sente. Chegas a rir e abres os braços para renascermos, novamente, diante um do outro. Resulta sempre! Sinto-me a despertar para a realidade que gosto de viver. 
 Sabes quem somos quando estamos à beira um do outro. Sabes bem mais do que dizes. Às vezes gostava que me lesses os pensamentos para que sem dizer nada conseguisses descobrir o que não consigo dizer. Sabes tanto mas falta isso. Há faltas mais importantes que outras, umas significam ausência, outras servem de complemento ao silêncio que fala e aos gestos que nos confortam. 
 Sabes onde estou e o que faria se pudesse mostrar-te que a vida consegue ser muito mais que isto.
 Sabes quem cativaste. Sabes onde me encontrar quando nada mais fizer sentido. Sabes onde ir quando já não tiver mais forças para ir ao teu encontro.
 E sabes que estarei lá à tua espera, ainda que tardes a chegar.

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