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sábado, 13 de dezembro de 2014
Saí do carro e desejei não sentir mais aquilo, pelo menos não por muito tempo. Entrei em casa e percebi que o meu desconforto não poderia ser perceptivel aos outros, independentemente da vontade enorme que tinha de desabafar nem que fosse comigo mesma. Mas não deu e eu tive que adormecer com aquela estranha sensação de não perceber nada do que estava a acontecer à minha volta. Deitei-me e rezei para que a minha cama estivesse quente, ao menos assim tudo se tornava mais reconfortante. E estava...bem pronta para me recolher daquele dia frio e intemporal. Senti-me acolhida mesmo sozinha. Senti-me protegida mesmo sendo eu a única a cuidar de mim. Senti que naquela noite podia descansar, ainda que a escuridão não durasse para sempre. Senti tudo menos vontade de me levantar de novo. Ás vezes é tudo tão mais fácil quando não nos damos ao trabalho de fazer nada, permanecendo bem confortáveis naquele que é o nosso canto. Ás vezes é tão mais fácil deixarmos morrer o brilho que há em nós.
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