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domingo, 27 de setembro de 2015

  Não há muito mais a dizer. 
  Há uns tempos talvez houvesse, hoje não há. O dia chegou e com ele guardo tudo e nada. Tudo o que vivi e o nada que, na verdade, nunca chegou a existir. 
  As palavras não existem entre nós e, mesmo que existam, não acredito que as usemos. Está mal eu sei mas repetir o que já se sabe não faz parte do meu feitio. O dia chegou e não tenho nada pendente: tudo o que achei não conseguir fazer, hoje está feito. (Des)gastamos o tempo, as lágrimas, a vida. 
  Um dia a vida volta e verei o que ela foi capaz de fazer por nós. Nada que se prenda ao fundo, que nos corte o próximo fôlego, que nos atraiçoe.  
  Não há muito mais a dizer, os olhares disseram-no no tempo e medida adequada. E mesmo que a gente não diga, a gente recorda e faz por manter vivo. Isso... vivo, mas só entre nós sem que o peso dos dias também desgaste as nossas recordações. 

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