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sábado, 12 de dezembro de 2015


 Gostava de ser capaz de construir grandes textos sobre tudo aquilo que a minha mente tem vindo a construir ao longo do tempo mas não consigo. Acho que ainda não processei tudo como era suposto e provavelmente é isso que falta: tempo para mim, tempo para ser só eu e mais ninguém. 
 Sempre acreditei que nem sempre temos de nos proteger dos outros porque às vezes é neles que está a chave daquilo que precisamos naquele momento. No entanto, durante algum tempo, a dor silenciou-me e acabei por não deixar mais ninguém entrar no meu mundo. Fi-lo porque acreditei ser o melhor já que a vida me tinha mostrado que a felicidade não está em mais ninguém para além de nós. E não está. Mas a vida dá muitas voltas e decidiu levar-me por outros caminhos que ainda, hoje, não sei percorrer. Deixei que o caminho me mostrasse o que tinha para me dar, que as pedras se acumulassem e que o raios de sol penetrassem o meu olhar à medida que essa luz se transformava em névoa. Perdi-me e encontrei-me ao mesmo tempo. 
 Hoje, acredito no poder dos significados por detrás de tudo aquilo que nos acontece e fazemos. Mas nem sempre a vida se encarrega de trazer até nós essas respostas como era suposto. Às vezes não chegam nem estão destinadas a chegar. Às vezes somos só nós que temos o poder de construir as respostas que ditam a nossa vida. 

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