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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


  Cada um de nós tem as suas pessoas, aquelas que fazem parte da nossa vida e nos tornam em alguém bem mais feliz e preenchido. A nossa vida é feita dessas pessoas que nos dão sem estar à espera de receber nada, que nos completam sem precisar de falar, que nos conhecem pelo olhar e pelo silêncio. Importam os momentos que partilhamos com elas, as conversas, os olhares, os gestos. Importa a sua presença na nossa vida, nada mais. O resto é acessório que podemos escolher ou não para nós. O resto perde-se sempre como se perde tudo aquilo que não é essencial. 
  As pessoas são essenciais, as pessoas constroem-nos, alimentam-nos e fazem-nos sentir vivas. Por isso é que são "nossas", por isso é que as agarramos a nós para que o mundo não as afaste, para que a vida não nos deixe neste mar imenso de frieza e solidão com o qual não estamos habituados a conviver. 
  Mas as pessoas vêm e vão numa marcha tão acelerada que não somos se quer capazes de as acompanhar. Às vezes porque não dá, outras vezes porque não querem ser acompanhadas. 
  A carruagem passa, a linha fica deserta e nós continuamos, ali, sentados no banco da estação à espera do próximo comboio que nos leve para longe. 

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