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segunda-feira, 12 de outubro de 2015


Levo-te comigo como quem abraça o tempo, como quem se despe de tudo e agora precisa de proteção. Levo-te comigo para que a vida não pare enquanto nos afastamos um do outro, enquanto a vida se encarrega de nos "destruir". Levo o teu cheiro, a percepção da tua voz, o toque leve e forte das tuas mãos. Levo-te como sempre levei quando acreditei que aquela era a última vez que te via, que te tocava. 
Levo-te comigo ainda que nunca me leves de volta, ainda que, por mais que queira, nunca corras atrás de mim. 
Levo-te comigo sem ti. Levo-te aos lugares onde estivemos, onde crescemos, falamos, onde o silêncio imperou. 
Levo-te onde não estás. 

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